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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Tombini considera ‘significativas’ as mudanças na previsão do FMI

Informações econômicas relevantes serão consideradas na reunião do Copom

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, classificou como “significativas” as mudanças das previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) em relação à economia brasileira. O organismo internacional revisou a projeção de retração econômica de 1% para 3,5% neste ano. Para o ano que vem, a expectativa passou de crescimento de 2,3% para estagnação da economia. O FMI atribui a fatores não econômicos as razões para a rápida e pronunciada deterioração das estimativas.

Após essa forte mudança de cenário por causa da crise política e de confiança no governo, Tombini divulgou uma nota à imprensa. Não é usual que um presidente do BC publique um comunicado para comentar as previsões do FMI. “O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, avalia como significativas as revisões das projeções de crescimento para o Brasil em 2016 e 2017, realizadas pelo Fundo Monetário Internacional, e divulgadas hoje na atualização do relatório ‘World Economic Outlook’”, diz o comunicado.

Na curtíssima nota, Tombini ainda ressalta que “todas as informações econômicas relevantes e disponíveis até a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) são consideradas nas decisões do colegiado”. O encontro da cúpula do BC começou nesta terça-feira. Amanhã, a diretoria divulgará a decisão em relação à taxa básica de juros (Selic).

A aposta dos analistas é que haja aumento dos juros que estão em 14,25% ao ano porque as previsões para a inflação de 2016 já estão em 7%. A promessa do BC é deixar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dentro do teto da meta, que é 6,5%. No ano que vem, o objetivo é atingir o centro da meta de 4,5%.

JUROS FUTUROS CAEM
Após a nota de Tombini, as taxas dos contratos de juros futuros curtos recuavam com força e passavam a mostrar chances majoritárias de elevação de 0,25 ponto percentual na Selic nesta semana. O inesperado comentário reforçou o sentimento de que o Copom pode até deixar o juro básico como está. — É no mínimo estranho o BC soltar um comunicado como esse no primeiro dia da reunião do Copom. Ainda acredito que a chance maior é de subir os juros, mas não ficaria surpreso se vier manutenção — disse o chefe da mesa de juros da corretora Icap, Arlindo Sá.

Segundo cálculos da Reuters, os DIs, que até a véspera apontavam chances majoritárias de elevação de 0,50 ponto percentual na Selic, passaram a mostrar aumento de apenas 0,25 ponto, a 14,5%. A leitura é de que ou o BC mantém os juros, ou sobe pouco e culpa a fraqueza da atividade — disse o operador da corretora Renascença Thiago Castellan Castro.
O comunicado vem em um momento de inflação de dois dígitos, apesar da profunda recessão econômica no Brasil. Alguns economistas vêm levantando dúvidas sobre a eficácia de aumentos de juros nessa conjuntura, mas a maioria ainda vinha apostando em aumento de 0,50 pontos percentual na Selic nesta semana, segundo a pesquisa Focus do BC e levantamento da Reuters, entre outras razões devido às fortes sinalizações nesse sentido dadas pelo próprio BC.

Na última reunião do Copom, dois dos oito integrantes do colegiado votaram por um aumento de 0,50 ponto percentual na taxa.

A queda do dólar sobre o real também contribuía para o recuo dos DIs, após dados fracos sobre o crescimento da China alimentarem expectativas de estímulos na segunda maior economia do mundo. A recuperação dos preços do petróleo também sustentava o apetite por risco nos mercados globais.

Fonte: O Globo