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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O futuro está na educação

Estudos do economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper Ricardo Paes de Barros revelam que, ao longo de três décadas, no período de 1980 a 2010, a produtividade no Chile cresceu em US$ 10 mil por trabalhador, enquanto que a escolaridade da força de trabalho aumentou em 3,3 séries. Por conseguinte, a produtividade aumentou em US$ 3 mil dólares por ano de escolaridade.

Países como China e Malásia apresentaram um comportamento similar ao do Chile. Na China, o impacto por ano de estudo a mais foi de US$ 3,5 mil dólares, enquanto que na Malásia foi de US$ 2,5 mil dólares. Já na Coréia do Sul, o impacto foi substancialmente maior, de US$ 6,8 mil dólares por ano de estudo.

Aqui no Brasil, por outro lado, o crescimento na produtividade por ano a mais de estudo, nesse mesmo período, foi de apenas US$ 200 dólares! Ou seja, sem uma educação com significado não podemos alcançar ganhos de produtividade.  Ainda que não tenhamos no Brasil uma educação que efetivamente produza o impacto esperado na produtividade, estudos do pesquisador Marcelo Néri, da Fundação Getúlio Vargas, do Rio de Janeiro, mostram que cada ano a mais de estudo, no período que compreende os anos iniciais do Ensino Fundamental, o salário cresce, em média, 12%. Mas, se esse esforço por ano adicional de estudo ocorrer na fase relativa ao Ensino Superior, ou seja, se a pessoa tem de 14 a 18 anos de estudo, o impacto médio no salário é de 36%!

Isso mostra que à medida que a escolarização aumenta, maior será o impacto no salário, e consequentemente na distribuição de renda de um país. Por isso, quando o Plano Nacional de Educação (PNE), na sua meta 12, explicita a necessidade de o Brasil elevar seu percentual de jovens de 18 a 24 anos no Ensino Superior, saindo dos atuais 17% para alcançar o patamar de 33% em 2024, isso se torna estratégico para que nos tornemos, de fato, um país mais justo e equilibrado na distribuição de renda.

E se, além disso, o país for capaz de oferecer uma educação com significado, o que implica na oferta de uma educação integral para nossas crianças e jovens, teremos também mudanças importantes na produtividade e no crescimento econômico – o que também trará, por sua vez, mais recursos para educação. No próprio PNE, no que se refere a sua meta 20, está previsto um aumento gradual de investimento na educação equivalente a 10% do PIB até 2024. Mas, se o PIB não crescer, este aumento pode não ter o impacto esperado.

Por isso, alguns estados e municípios brasileiros começam a ver na educação integral a saída para o crescimento. Foi pensando assim que nos seus 100 anos de comemoração, na última 6ª feira – 25 de agosto, o município de Chapecó colocou este tema como estratégico para o seu futuro, ao sancionar uma lei municipal na qual a educação integral se torna política pública da educação do município, tendo sido acompanhado pelo Governo Estadual de Santa Catarina para toda a região, numa importante parceria com o Instituto Ayrton Senna, o Instituto Itaú Social e o movimento Santa Catarina pela Educação. Pensar grande é se antecipar ao futuro – foi o que fez o município de Chapecó, na perspectiva de trazer prosperidade para os próximos 100 anos!

Fonte: Revista Isto É - Mozart Neves

 

GUERRA? Policiais federais se dizem dispostos a protestar nas ruas e enfrentar PMs

PF avisa que partirá para o confronto com outras forças policiais nas ruas

O clima esquentou de vez na reunião entre representantes do Ministério do Planejamento e de servidores realizada na quarta-feira, 30. O objetivo do governo foi explicar as razões para o adiamento dos reajustes salariais de 2018 para 2019. Flávio Werneck, vice presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), deixou claro que a PF vai para as ruas protestar e está pronta para o confronto com outras forças policiais.

[não nos cabe entrar no mérito do adiamento do reajuste, com datas de pagamento previstas em Lei em vigor desde 2016, portanto, seu cumprimento é  obrigação do Governo Federal.  

Discordamos radicalmente é que a Polícia Federal se misture, se suje ao se aliar   aos chamados 'movimentos sociais' que são, em sua maioria, verdadeiras organizações criminosas, sendo  exemplos mais gritantes o  'MST = movimento social terrorista' e o tal de "MTST" do Guilherme Boulos.

Quanto ao conflito com forças policiais que tentem conter eventuais protestos da PF - inadmissível que corporações armadas pelo Estado, participem de movimentos grevistas portando armas - não pode ser aceito e para impedir existe o estilo Itamar.
Há alguns anos a PF entrou em greve quase que total e parte dos grevistas ficaram 'aquartelados' no Edifício Seda da PF, Brasília, Setor de Autarquias Sul.

A disposição dos policiais para o confronto era total, portanto inclusive metralhadoras e dispostos a tudo. O presidente da República na época era Itamar Franco que, bem ao estilo mineiro, determinou que um veículo blindado, um Urutu do Exército Brasileiro, se posicionasse  na área próxima ao antigo Touring Club.

A ordem foi cumprida e no dia seguinte o movimento grevista foi primeiramente suspenso, negociações iniciadas e o assunto encerrado satisfatoriamente, sem que fosse disparado um único tiro. ]

 


Ele afirmou que os policiais federais vão se juntar aos movimentos sociais em protestos e protegê-los em caso de ação da Polícia Militar, por exemplo. “Todas as representações de categorias vão para as ruas e chamar a população para combater as medidas absurdas do governo. Isso os policiais federais do Brasil ainda não fizeram: garantir a segurança dos movimentos sociais. Chega de teatrinho de jogar bomba de gás lacrimogêneo em quem está nas ruas”, avisou.

Flávio Werneck fala sobre adiamento dos reajustes salariais

Conforme vídeo gravado durante a reunião no Ministério do Planejamento, Werneck afirmou que os policiais federais chamarão a população para protestar.  “Vamos convocar a população para acabar com esse escárnio que está acontecendo, de inventar que vão poupar R$ 10 bi com o adiamento de acordos firmados com os servidores públicos depois de liberar, de torrar R$ 6 bi em emenda parlamentar, mais R$ 500 bi de calote de Refis (o programa de refinanciamento de dívidas com a Receita Federal)”, enfatizou.

O vice-presidente da Fenapef foi além e disse que, diante de tantos benefícios dados pelo governo para empresas que não pagam impostos, os empresários não deveriam mais pagar impostos. “Se sou empresário no Brasil, não pago imposto nunca mais, porque o governo incentiva  o calote previdenciário e tributário”, destacou. E acrescentou: “Os policiais federais vão, agora, botar a cara e convocar a população para combater as medidas do governo”. Ele também informou que a federação de policiais vão “promover uma chuva de ações judiciais” contra as medidas do governo.

Fonte: Blog do Vicente - CB

 

ACIMA DO TETO: 62% dos juízes do DF têm salários turbinados

O prédio do Instituto Lula foi pago com prop0ina vinda do exterior - O maior assalto a banco da história

Instituto Lula foi pago por offshores


Com O Antagonista


A Lava Jato anexou ao processo de Lula os dados do sistema Drousys sobre a compra do imóvel por parte do departamento de propinas da Odebrecht.

Leia um trecho do documento obtido pelo Valor:


“Os elementos ora anexados, examinados no relatório de análise igualmente anexado, demonstram que parte do valor despendido com a aquisição do imóvel localizado na Rua Doutor Haberbeck Brandão, 178, foi disponibilizado pelo Grupo Odebrecht com recursos de caixa dois, por meio do Setor de Operações Estruturadas, envolvendo, no que concerne aos pagamentos feitos no exterior as empresas offshore Constructora Internacional Del Sur S/A e Innovation Research Engineering and Development Ltd., ambas por Olivio Rodrigues Júnior.”

Olivio Rodrigues Júnior é um dos delatores da empreiteira.


Veja também:  

Com O Antagonista

Assista ao comentário de Claudio Dantas sobre como os governos Lula e Dilma torraram R$ 50 bilhões do BNDES em 140 obras de infraestrutura - incluindo hidrelétricas, rodovias, portos e aeroportos - em 12 países da América Latina e da África...
 
 
MOMENTO ANTAGONISTA: O MAIOR ASSALTO A BANCO DA HISTÓRIA
 
Transcrito do Blog Rota 2014 
 
 
 




O Brasil é como filme ruim, que vaiamos. Mas, o filme não muda. Continua ruim

O Brasil é como um filme ruim. Lembra o historiador Marco Antonio Villa.

O sujeito está no cinema, não gosta do filme e vaia. Mas o filme não muda. Continua ruim. Grande metáfora.  O cidadão esperneia porque Lula, o maior ladrão do Brasil, permanece solto e debochando dos trouxas, nós que pagamos impostos para sustentar uma  máquina corrupta.

Resultado de imagem para fotos Marco Antonio VillaO Supremo Tribunal Federal solta os corruptos que a Lava Jato revelou que são ladrões do dinheiro do povo. Quando são presos. Porque alguns, como Lula, sequer estão no xadrez. Lula continua operando ostensivamente e gozando do judiciário e do cidadão honesto.

O cidadão esperneia porque banca um Congresso Nacional com 594 integrantes 'espertos', 'Espertos' eleitos por nós democraticamente nas urnas.

O cidadão esperneia porque sustenta um Supremo Tribunal Federal que solta corruptos presos por assaltarem o bolso do povo.

O cidadão esperneia porque sustenta um Tribunal Superior Eleitoral que aprova contas de pilantras.

O cidadão esperneia porque sustenta tribunais de contas da União e dos Estados. Tribunais constituídos por figuras oriundas do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, de Câmara de Vereadores... cujas folhas corridas...

O cidadão esperneia porque sustenta quase duas centenas de estatais ineficientes e corruptas.

O historiador Marco Antonio Villa tem razão. Estamos no cinema vendo um filme ruim. Vaiamos. Mas, não há como mudar o filme.

Quer dizer...  O aeroporto parece a única saída. Quem  pode, já está nos Estados Unidos, na Europa e até na Ásia.   E ainda tem gente que fala que as nossas instituições estão funcionando.  Funcionam apenas para manter os privilégios de corruptos e servidores públicos.

Em tempo: aposta-se que a elite política corrupta será varrida nas eleições de 2018. Será? O Estado do Amazonas acaba de eleger Amazonino Mendes governador. Adversário dele, Eduardo Braga é ex-ministro de Dilma 'trambique', a vigarista 'honrada'... Num país sério, Amazonino e Braga estariam em cana. Há décadas. 

 

Fonte: Rota 2014 - Blog do José Thomaz

Janot tem revés, e Fachin devolve delação de Funaro, com que procurador quer pegar Temer

Não se sabe ao certo o motivo; há quem diga que o acordo buscava blindar o bandido, transformado em patriota, até de futuras ações por improbidade administrativa

Ninguém sabe exatamente por quê há apenas especulações a respeito; algumas bastante fundadas — o ministro Edson Fachin devolveu a Rodrigo Janot a delação de Lúcio Funaro, o mais novo candidato a integrar a galeria dos heróis do Ministério Público Federal. Sabe-se que vem uma chuva de flechas contra peemedebistas graúdos, incluindo o presidente da República, Michel Temer. E quem as envia, por óbvio, é o procurador-geral. Fachin pode notem bem: pode!!! ter aprendido alguma coisa com a experiência. Depois do vexame do acordo celebrado com Joesley Batista, parece que o relator não está disposto a sofrer uma nova onda de descrédito. Mas o que dizem, afinal, essas fundadas especulações sobre a devolução? Já chego lá. Primeiro, algumas considerações.

A flecha destinada a Temer, assim, dá uma ricocheteada — sim, isso também acontece com disparos desse tipo de arma. Janot certamente vai mover seu corpanzil para tentar entregar a denúncia contra o presidente antes de sua saída, no dia 18. Para ele, virou uma questão de honra. Ou de desonra vaidosa, sabe-se lá. Seu objetivo explícito era derrubar o presidente da República. Quando a bomba Joesley foi jogada no meio do salão, Janot e seus capas-pretas imaginaram que o chefe do Executivo não duraria uma semana no posto. Ouvi isso de políticos experientes e de jornalistas treinados na desconfiança. Apostei que sobreviveria. Sobreviveu.

Depois veio a certeza de que a denúncia deixaria o presidente sem saída, e a Câmara autorizaria o STF a avaliar a abertura de processo.  Mormente porque um poderoso grupo de comunicação resolveu transformar o “Fora Temer” em uma nova categoria jornalística. Quem leu a peça acusatória sabia que não havia lá nenhuma evidência de que o presidente houvesse cometido um crime. Tudo era mera ilação e presunção de culpa. Janot, num seminário de jornalistas que são tidos ou se têm como investigativos, admitiu não ter prova. E notem que não estou aqui a dizer: “O presidente é inocente!” Não sou juiz nem Deus. Sou apenas um indivíduo que lê esses documentos e que cobra rigor técnico do órgão estatal encarregado de acusar.  Li e constatei de imediato: a denúncia é uma farsa.

Tão logo receba de volta a delação de Funaro, com os reparos feitos, cumpre a Fachin agir com a prudência dos sábios, não com o açodamento que cobram dele os golpistas. Ele já optou pela pressa irresponsável no caso Joesley.  Deu  no que deu. O que se comenta é que a delação traria o compromisso de que Funaro estaria livre de qualquer outra ação , inclusive de improbidade administrativa. O Artigo 3º da Lei 8.429 é explícito ao afirmar que também os agentes privados, como Funaro, podem cometer crime de improbidade desde que “induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.” Entre as punições cabíveis, estão suspensão dos direitos políticos e perda de função pública. Funaro estaria cantando e andando para isso. Ocorre que o texto também prevê “indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário”.

O ministro também teria determinado que os depoimentos de Funaro aos procuradores sejam mantidos em sigilo, para evitar aquele espetáculo grotesco verificado na delação de Joesley e seus bravos. A denúncia nem existia ainda, e lá aparecia o delator, na televisão, fazendo acusações em conversa com procuradores. Ou seja: buscava-se que o implacável juiz da opinião pública condenasse antes mesmo que se conhecesse o processo. E há quem ache que exibir essas barbaridades é uma obrigação jornalística. Não é, não. A imprensa também não tem licença para condenar sem provas. Aliás, ela não condena nem que as tenha. Quem o faz é a Justiça.

Impedimento de Janot
Ah, sim:
Fachin recusou a petição da defesa de Temer, que pede que Janot seja considerado impedido de atuar em processos contra o presidente. O mais provável é que se recorra agora a um agravo regimental para que o pleno se manifeste. Atenção! Mesmo que Janot não seja mais procurador-geral, seu impedimento pode ser declarado. Nesse caso, tudo aquilo que se referisse ao presidente e que tivesse passado pelo crivo do antigo procurador-geral teria de ser devolvido à nova titular da PGR: Raquel Dodge. A verdade é uma só: Janot vai embora, e Temer continuará presidente da República. E isso tem nome para ele e para o suporte midiático desavergonhado que obteve nestes tempos: DERROTA
.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo


A pinguela de Temer

Um ano depois do impeachment

Um ano após assumir a Presidência da República em definitivo, no dia 31 de agosto, após o impeachment de Dilma Rousseff, Michel Temer se dividiu entre o Congresso e a Justiça. Com foco na recuperação da economia, o governo viu diminuir a chance de aprovar seu principal objetivo, a reforma da Previdência, depois que sua base começou a rachar quando foi revelado que Temer havia sido gravado pelo empresário Joesley Batista, da JBS. 

Desde que foi denunciado pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, o presidente dedicou esforços para barrar o prosseguimento da ação penal na Câmara dos Deputados, sua vitória mais importante em 365 dias. Veja também o que aconteceu com os principais líderes políticos desde então.

Corrupção que segue
Nos meses que antecederam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, milhões de brasileiros foram às ruas protestar contra a corrupção. Um ano depois de ela ter deixado o cargo definitivamente, a mobilização já não é mais a mesma, mas o número de autoridades acusadas de desviar dinheiro público só cresce.

O governo do presidente Michel Temer, que assumiu interinamente em maio do ano passado e substituiu Dilma, definitivamente, em agosto, é alvo de vários acusações. Logo em 23 de maio do ano passado, foi divulgada uma gravação do senador Romero Jucá (PMDB-RR), escolhido por Temer para ser o ministro do Planejamento, em que ele dizia ser preciso “estancar a sangria", numa referência à Operação Lava-Jato. No mesmo dia, teve de deixar o cargo. Foi o primeiro.

De lá para cá, novos escândalos apareceram, até seu ápice em maio de 2017, quando o GLOBO revelou que o próprio presidente Michel Temer foi gravado pelo empresário Joesley Batista, do frigorífico JBS. O caso levou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a denunciar Temer ao STF por corrupção passiva, acusando-o de ter acertado o pagamento de propina com o empresário. Mas como a Câmara não deu aval para a continuidade do caso, o processo vai ficar parado até o fim do mandato presidencial. [lembrando sempre que apesar de Joesley Batista ter confessado mais de 200 crimes, o atual procurador da República, Rodrigo Janot, assumiu poderes de 'poder judiciário supremo' e concedeu perdão total e absoluto aos irmãos Batista.]
 
Jucá tem 14 inquéritos no STF e, num prazo de uma semana, neste mês, foi denunciado três vezes por Janot. Mas nada disso o impediu de manter poder. É o líder do governo no Senado e presidente do PMDB, partido de Temer. Mas outros ex-ministros não tiveram a mesma sorte: Geddel Vieira Lima e Henrique Alves chegaram a ser presos. Rodrigo Rocha Loures e Tadeu Filippelli, dois ex-assessores de Temer, também amargaram um tempo na cadeia.

A delação da empreiteira Odebrecht, tornada pública em abril de 2017, levou à abertura de inquéritos no STF para investigar oito dos atuais 28 ministros do governo Temer: Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), das Relações Exteriores; Blairo Maggi (PP), da Agricultura; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades; Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência da República; Gilberto Kassab (PSD), da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; Helder Barbalho (PMDB), da Integração Nacional; e Marcos Pereira (PRB), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Blairo deverá ter mais dor de cabeça ainda com a delação do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa.

Fora do governo, também são alvos de investigações aliados e opositores. Alguns deles já foram até condenados, como é o caso do ex-presidente Lula. Entre investigados, réus e condenados, há ainda outros três ex-presidentes: Dilma Rousseff, Fernando Collor e José Sarney. As investigações também atingiram Aécio Neves (PSDB-MG), que teve de se licenciar do comando tucano.

Outrora aliado Eduardo Cunha, o ex-presidente da Câmara é o único que ficou completamente fora de cena durante este período. Após articular o impeachment, foi para a cadeia em outubro do ano passado.

Fonte: O Globo
 

Coreia do Norte adverte Japão sobre ‘autodestruição iminente’

A Coreia do Norte advertiu nesta quinta-feira o Japão sobre o risco de “autodestruição iminente” do país por sua aliança com os Estados Unidos, em meio à tensão por mais um tiro de míssil norte-coreano, que, desta última vez, sobrevoou o arquipélago japonês.

A agência oficial norte-coreana KCNA criticou a ex-potência colonial ao afirmar que o “Japão agora vem com as mangas arregaçadas para apoiar os movimentos bélicos de seu amo” contra a Coreia do Norte.  O “vínculo militar” entre os dois aliados se tornou uma “séria ameaça” para a Península Coreana, adverte a KCNA. “As medidas de resposta norte-coreanas mais duras incluem advertir o Japão a evitar perder o controle para não vislumbrar sua autodestruição iminente” seguindo cegamente os Estados Unidos.

Na terça-feira, a Coreia do Norte colocou o Japão em estado de alerta ao disparar um míssil de médio alcance que passou sobre o leste do arquipélago que caiu no mar, provocando a condenação internacional.  O premier japonês, Shinzo Abe, denunciou o lançamento como “uma ameaça grave, séria e sem precedentes”, e concordou com o presidente americano, Donald Trump, sobre a necessidade de “incrementar a pressão exercida sobre a Coreia do Norte”.

Fonte: AFP 

 

Taxa de desemprego recua para 12,8% em julho, com 13,3 milhões sem emprego

Queda foi maior que a estimada pelo mercado

 Com aumento de informalidade e contratações nas prefeituras, o desemprego recuou no país. A taxa de desemprego caiu para 12,8% no trimestre encerrado em julho, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE. Ao todo, o país tem 13,3 milhões de desempregados. No trimestre imediatamente anterior (que inclui os meses de fevereiro, março e abril), a taxa ficou em 13,6%, com um total de 14 milhões sem emprego. O número de julho, no entanto, ainda é maior do que o registrado em igual mês do ano passado, quando estava em 11,6%.

O contingente de 13,3 milhões de desempregados representa uma queda de 5,1% ou 721 mil pessoas frente ao trimestre anterior, mas é 12,5% maior que igual trimestre de 2016, com 1,5 milhão de pessoas a mais. A expectativa de analistas era que o desemprego se mantivesse em 13%, de acordo com pesquisa da Bloomberg com 31 economistas. Nos últimos meses, especialistas têm indicado que a fase mais aguda da crise no mercado de trabalho começou a ficar para trás. A taxa chegou a 13,7% no trimestre encerrado em março. No segundo trimestre, a taxa de desemprego estava em 13%, com 13,5 milhões de desempregados.

AUMENTO DA INFORMALIDADE
Assim como observado em meses anteriores, a queda na taxa de desemprego foi impulsionada pelo aumento da informalidade. Em julho, enquanto o número de empregados com carteira assinada ficou estável em 33,3 milhões, o contingente de trabalhadores sem carteira cresceu 4,6%, em relação ao trimestre anterior (encerrado em abril), para 10,7 milhões de pessoas. Na comparação com o ano passado, o salto foi ainda maior, de 5,6%.  — É uma recuperação, mas sobre uma plataforma informal — resume Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.

O aumento no número de trabalhadores sem carteira ajudou a impulsionar o número de pessoas ocupadas. Em julho, houve um aumento de 1,6%, em relação ao trimestre imediatamente anterior (fechado em abril). O país tinha em julho 90,7 milhões de pessoas ocupadas. Já o contingente de pessoas na força de trabalho, composta por ocupados e desempregados, cresceu 0,7% na comparação trimestral e 1,6%, frente ao ano passado, o que significa um acréscimo, no ano, de 1,7 milhões de pessoas nesse grupo, hoje estimado em 104 milhões de trabalhadores.  — Foi a primeira vez desde outubro de 2015 que a população ocupada não cai, na comparação anual. De lá para cá, todos os trimestres registraram redução da população ocupada. Isso significa que esse efeito que a gente está tendo de recuperação no início do ano está tendo impacto até mesmo na comparação anual — destaca Cimar Azeredo.


No trimestre encerrado em julho, os números de mercado de trabalho também foram beneficiados por uma recuperação do emprego no setor público. O setor representou um terço do aumento do número de ocupados, na comparação com o trimestre encerrado em abril, com alta de 3,8%, ou 423 mil trabalhadores a mais no funcionalismo público. Segundo o IBGE, esse movimento está relacionado às novas contratações nas prefeituras, após as eleições municipais do ano passado.

RENDIMENTO ESTÁVEL
O rendimento médio real ficou praticamente estável, em R$ 2.106. Já a massa de rendimento real cresceu para R$ 186,1 bilhões, uma alta de 1,3% frente ao trimestre encerrado em abril, variação não considerada estatisticamente relevante, de acordo com a metodologia da pesquisa.

Os dados do IBGE são divulgados semanas após o Ministério do Trabalho informar que o país criou 35,9 mil vagas em julho, o quarto mês consecutivo de geração de empregos com carteira assinada. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os setores que mais abriram postos de trabalho foram a indústria de transformação e o comércio.

Fonte: O Globo


Falta mais do que dinheiro

As leis, a mentalidade política e a cultura nacional querem do Estado muito mais do que ele pode fornecer

A história das contas do governo federal tem o seguinte enredo:
— por norma constitucional, a despesa de um ano tem que ser igual à despesa do ano anterior mais a inflação;
— na vida real, e por determinação também constitucional, as despesas com previdência, pessoal e benefícios crescem bem acima da inflação todos os anos;
— logo, para que a despesa total permaneça estável, é preciso cortar os gastos com custeio e investimento;
— logo, falta dinheiro para o governo tocar os serviços públicos de educação, saúde, segurança etc.


Claro que a primeira resposta para essa situação está na reforma previdenciária, de longe o maior gasto e o maior déficit, que cresce todos os anos.  Mas ainda que se faça essa reforma, o que é muito difícil, não vai sobrar dinheiro para o resto do Orçamento. Primeiro, porque o gasto previdenciário já atingiu um nível muito elevado — mais de 50% do total das despesas. Nenhuma reforma reduzirá esse gasto. Poderá apenas, sendo bem-sucedida, diminuir a velocidade de expansão do déficit. Logo, continuará muito apertado o orçamento de todas as demais áreas do governo. O que nos leva à necessidade de outras duas reformas, uma para conter a folha de salários do funcionalismo, outra para reduzir o generoso pagamento de benefícios diretos.  Mas, de novo, esses gastos já atingiram níveis elevados. Também não podem ser reduzidos, mas apenas contida sua expansão.

E mesmo que se consiga isso — reparem, já são três reformas muito difíceis não vai sobrar dinheiro para o setor público naquela que é sua função principal, a de prestar serviço aos cidadãos.  A razão é óbvia — ou deveria ser. E é a seguinte: as leis, a mentalidade política e a cultura nacional querem do Estado muito mais do que ele pode fornecer.

Como se financia o Estado? Com impostos e com a tomada de empréstimo. Já fizemos isso. A carga tributária é muito elevada, não cabe no bolso dos contribuintes. E a dívida pública cresce todos os anos, aproximando-se perigosamente do nível em que será insustentável. O governo tem ainda uma última arma — destruidora — que é emitir dinheiro. Resolve por um instante e gera uma baita inflação.  Tudo isso para tentar mostrar que é preciso reduzir o tamanho do Estado.

Está uma choradeira em tudo que é repartição pública. Compreensível. Está sempre faltando alguma coisa, de gasolina para a polícia a rancho para os soldados. Reação automática do pessoal: pedir mais dinheiro para Brasília.  Tem uma turma que vai ao limite do ridículo: é contra as reformas, contra mais impostos e a favor do aumento de gastos e investimentos. A dívida pública? Não tem problema, é só deixar de pagar aos especuladores, alegam.

Mas mesmo tirante essa turma, fica muita gente bem intencionada que não percebeu a raiz do problema: o Estado terá que fazer mais com menos, prestar menos serviços para menos pessoas e, finalmente, buscar recursos no setor privado.  Vamos falar francamente: não faz sentido dar universidade de graça para quem pode pagar. Idem para o atendimento médico.  Diz a Constituição que todo brasileiro tem direito a ser atendido de graça e com o melhor tratamento disponível. Não tem dinheiro para isso. Logo, é preciso fazer uma fila e definir quem pode e quem não pode receber este ou aquele tratamento. [o grande mal do Brasil é que a tal 'constituição cidadã' do falecido deputado Ulysses Cavalcanti foi pródiga em conceder direitos e ranzinza em impor deveres.
- Concede a todos tratamento de saúde dos países nórdicos, esquecendo de prover recursos para atender tal liberalidade;
- permite uma porção de bolsas, incluindo bolsa auxílio reclusão para familiares de bandidos presos e proíbe pena de morte, prisão perpétua e prisão com trabalhos forçados;
- obriga o ensino gratuito até os 14 anos mas determina que um bandido com idade de 17 anos, 11 meses e 29 dias, seja preso = é apreendido por no máximo 3 anos;

- diz que todos são iguais, mas, permite o absurdo e nefasto sistema de cotas, que extingue qualquer valor ao mérito. 
Existem dezenas de outros absurdos, mas é enfadonho citá-los.
A tal 'constituição cidadã' tem que ser reformada de cabo a rabo - incluindo a extinção do artigo que cria as malfadadas CLÁUSULAS PÉTREAS.
Essa reforma tem que ser realizada e não sendo por bem, será por um Ato Institucional.]

Dizem: isso é uma violação do princípio do atendimento universal. Mas esse princípio é violado todos os dias e da maneira mais selvagem: fila no pronto-socorro, gente morrendo no corredor do hospital ou aguardando meses para o tratamento de um câncer.  A lei não organiza a fila. Fica por conta do coitado do plantonista da emergência. Não faz sentido que as universidades e os centros de pesquisa não vendam serviços para empresas e outras instituições privadas. As universidades aqui não conseguem nem receber doações. Já em países onde estão algumas das melhores escolas do mundo, as universidades vivem basicamente de doações e venda de serviços. Incluindo a cobrança de anuidades, combinando com o fornecimento de bolsas.

Desculpem se estamos piorando o cenário, mas é isso mesmo. Não bastarão as reformas da Previdência e do funcionalismo. Precisamos de um mudança cultural: entender que o Estado brasileiro atual não cabe no país. Tem que ser menor e melhor.

Fonte: Carlos Alberto Sardenberg, jornalista

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

'Reage, Rio!' Ministro da Justiça sugere mudar Constituição para melhorar segurança pública

Para Torquato Jardim, é preciso integrar o trabalho de guardas municipais com o de policiais estaduais e da Polícia Federal

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, defendeu nesta quarta-feira uma mudança constitucional que permita o enfrentamento mais eficaz dos problemas de segurança pública de estados como o Rio de Janeiro. Em sua participação no seminário "Reage, Rio!", promovido pelos jornais O GLOBO e "Extra", ele falou sobre a necessidade de se tratar do assunto de forma transnacional, investindo nas polícias de fronteira, e interestadual, além de envolver as guardas municipais nas políticas de segurança pública, dando ênfase aos municípios.

- O primeiro passo é a integração. É preciso trabalho conjunto entre União e estados. E essa cooperação começa na fronteira - disse ele, sobre os tráficos de drogas e armas.
Segundo o ministro, "é preciso reconceber a federação". Ele diz que a ideia de federação na Constituição de 1988 é "um ensaio de laboratório", e que o texto foi escrito de olho no retrovisor, "para reacertar os passos após 20 anos de centralização do poder em Brasilia".
- Muitas tarefas foram transferidas aos estados, mas o Brasil é diverso demais, o que implica em repactuar a nossa federação para um combate seguro aos crimes em geral, com ênfase no município. Quem conhece o bairro é o guarda municipal. Depois dele, o policial estadual. O policial federal não opera sem eles - explicou.

As mudanças implicam, ainda de acordo com o ministro Jardim, mais tecnologia, com uso de satélites e drones, por exemplo, já que, segundo destacou o ministro, não há contingente policial para cobrir 16,8 mil quilômetros de fronteira. O ministro também defendeu a adoção de um sistema único de segurança pública, nos moldes do que existe na saúde, com o SUS, com divisão de tarefas e sem contingenciamentos. Ele argumentou ainda que a Força Nacional precisa ser institucionalizada.  — Ela não pode ser formada por voluntários, como acontece hoje, em que os homens não têm gratificação. Recebem diárias e há uma diferença salarial brutal entre os estados — disse.

O coronel da Polícia Militar Robson Rodrigues, ex-comandante das UPPs, lembrou que a polícia dedica muito esforço para coisas consideradas pequenas diante do tamanho do problema, como a apreensão de maconha em grandes operações. Segundo ele, 91% das mais de 120 toneladas de drogas apreendidas no estado entre 2000 e 2016 eram dessa droga. - O sistema está errado. Precisamos, sim, de investimento maior em inteligência. Mas não é no varejo que vamos resolver os problemas - disse ele. - O sistema está focado em outros problemas, e não o central: o das mortes no Brasil.

Já Michele dos Ramos, pesquisadora e especialista em segurança pública do Instituto Igarapé, destacou que não há "bala de prata" para resolver os desafios do Rio.  - Uma só política não resolve. Esse erro não podemos cometer novamente. E o caráter tem que ser sistêmico, com diferentes entes federados envolvidos nas respostas aos desafios, pois os desafios do Rio são os mesmos de outros estados, do país - reforçou ela. - Essa resposta passa pela compreensão do problema como um todo, com uma agenda de prevenção em que os municípios têm papel fundamental, juntamente com as policias, o Ministério Público, o Judiciário e instituições do sistema penitenciário.


O “Reage, Rio!” é uma realização dos jornais O GLOBO e “Extra”, com oferecimento do Sistema Fecomércio-RJ, por meio do Sesc-RJ, patrocínio da Souza Cruz, da Oi, da Alerj e do Sebrae, além de apoio do shopping RioSul. São dois dias de debates - esta quarta e quinta-feira - e, que especialistas (empresários, representantes da sociedade civil e da esfera pública) discutem soluções possíveis para tirar o Rio da crise em diversas áreas. Os sites do GLOBO e do "Extra" transmitem o evento ao vivo. Um caderno especial sobre os temas discutidos no evento será publicado no domingo, nos dois jornais.  O evento nesta quarta foi aberto por Frederic Kachar, diretor-geral da Infoglobo; Ascânio Seleme, diretor de Redação do Globo, e Orlando Diniz, presidente da Fecomércio-RJ.

Fonte: O Globo


Traição? Rodrigo Maia em agenda de candidato

O presidente da República em exercício participará de cerimônias de investimentos federais em sua base eleitoral 

Em tempos de pré-campanha eleitoral, o presidente interino, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não quer ficar para trás dos tucanos Geraldo Alckmin e João Doria nem de Lula

Nesta quinta-feira (31), ele desembarcará no Rio de Janeiro, seu estado, para acompanhar uma cerimônia de retomada de investimentos em moradias populares e anunciar a intervenção federal na contenção de encostas na região serrana. Vários prefeitos fluminenses também beijarão a mão de Maia.

>> Maia terá de ouvir queixas sobre privatizações que deveriam ser dirigidas a Temer
>> Maia vai receber sindicalistas para tratar de contribuição


Fonte: Revista Época 

 

Fusão dos fundos previdenciários do DF permitirá economia de R$ 1 bi ao ano

Projeto que prevê fusão dos fundos de aposentadoria dos servidores passa pelas comissões temáticas da Câmara Legislativa e deve ir a plenário na próxima terça-feira. Governo estima uma economia de R$ 19,4 bilhões em 20 anos

O projeto que altera o sistema previdenciário de servidores da administração pública local está prestes a ser aprovado na Câmara Legislativa. A proposição que unifica os fundos do Distrito Federal e cria um regime complementar para contribuintes passou ontem pelo crivo das três comissões responsáveis pela análise. A matéria está pronta para a apreciação em plenário, prevista para a próxima terça-feira. A movimentação da base aliada é uma resposta aos anseios do Palácio do Buriti, que requisitou a tramitação em regime de urgência.

A justificativa está na ponta do lápis: o fundo financeiro, deficitário em R$ 3,4 bilhões, recebe uma média de 18 aposentadorias por dia, e o GDF não tem como continuar a retirar dinheiro da própria receita cerca de R$ 170 milhões por mês — para complementar os repasses aos aposentados que ingressaram no serviço público até o fim de 2006.

Como o fundo financeiro tem mais inativos do que ativos, a estimativa é de que, a cada dia, as despesas aumentem ainda mais. Com o intuito de diminuir o deficit e tirar as contas do vermelho, o Executivo local propôs unir esse caixa ao fundo capitalizado, cujo patrimônio projetado para 2017 chega a R$ 5,4 bilhões. São os recursos previstos para as aposentadorias dos funcionários concursados a partir de 2007.

Para se ter ideia da diferença das estimativas de arrecadação entre os dois caixas a longo prazo, segundo estudo da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, em 2035, o recolhimento do fundo capitalizado deve atingir a cifra de R$ 4,2 bilhões, enquanto o montante destinado a servidores antigos chegará a apenas R$ 914 milhões. Após a fusão, contudo, o GDF prevê o “equilíbrio financeiro”, além de economia de R$ 19,4 bilhões entre este ano e 2035 — média de R$ 1 bilhão por ano.

O projeto também prevê a submissão ao teto do INSS
(R$ 5.531,31) das aposentadorias dos servidores que ingressarem no funcionalismo após a sanção do texto. Quem quiser receber acima desse valor terá de contribuir com a previdência complementar. Atualmente, a União e 12 estados adotam o sistema.



Tumulto

Ao emplacar, no início do ano, aliados em todas as comissões da Câmara, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) garantiu que, apesar de eventuais pressões, até os projetos mais polêmicos passariam pelos colegiados sem dificuldades — esses efeitos ficaram evidentes na manhã de ontem. Em pouco mais de duas horas, o projeto que prevê a alteração do regime previdenciário recebeu o aval das Comissões de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof); de Assuntos Sociais (CAS); e de Constituição e Justiça (CCJ).


Ainda que sob vaias de servidores públicos e sindicalistas presentes na Casa, o relator da matéria na Ceof e líder do governo no Legislativo local, Agaciel Maia (PR), não titubeou. “Precisamos aprovar o projeto para assegurar a entrada regular e permanente de recursos e, como consequência, a sustentabilidade do próprio regime previdenciário. A proposta de reestruturação também tem efeitos imediatos: afasta a possibilidade do parcelamento de remunerações”, argumentou.

O parlamentar do PR fez referência ao fato de, na semana passada, o governador ter apontado a aprovação do projeto na Câmara Legislativa como uma das saídas para não parcelar os salários de funcionários públicos que recebem mais de R$ 7,5 mil líquidos — o equivalente a 22% do funcionalismo do GDF.  A CAS adotou o mesmo posicionamento. Por unanimidade, os distritais aprovaram o parecer de Luzia de Paula (PSB). “A proposição prevê a criação de uma metodologia capaz de proteger a continuidade da prestação previdenciária aos servidores efetivos do DF”, defendeu a parlamentar.

Última a analisar a proposta, a CCJ apresentou um placar apertado: 3x2. Sob os olhares de integrantes do funcionalismo, Rodrigo Delmasso (Podemos) emitiu parecer favorável à admissibilidade do projeto e foi seguido por Israel Batista (PV) e Júlio Cesar (PRB). Votaram de forma contrária os distritais Celina Leão (PPS), da oposição, e Reginaldo Veras (PDT). O pedetista reprovou a reformulação devido à “intempestividade, insegurança jurídica e falta de garantias aos servidores”. Celina alegou que “o governo opta pelo caminho fácil: pegar o recurso que foi poupado pelo servidor”.

Conforme acordo do colégio de líderes, a proposição deve ir a plenário na próxima terça-feira. Para a aprovação são necessários, pelo menos, 13 votos favoráveis (maioria absoluta), em dois turnos.
Celeridade
Para o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Direta (Sindireta), o projeto passou pelas comissões de forma “atropelada”. “Certas votações aconteceram em menos de 10 minutos. Por que a pressa? Trata-se de um projeto que mudará a vida de milhares de pessoas. Deve haver um diálogo maior”, protestou.


A bancada petista também mostrou-se desfavorável à análise das três comissões em apenas uma manhã. Por isso, o distrital Wasny de Roure (PT) protocolou uma indicação para que o GDF retire a urgência do projeto de lei complementar que visa alterar o regime previdenciário dos servidores do DF. O governo, contudo, pontua que a proposta “atende aos princípios da solidariedade, do equilíbrio financeiro e racionalidade”.

Fonte: Correio Braziliense

 

Seca severa em Brasília deve comprometer desfile do 7 de Setembro

A expectativa é de que ainda nesta quarta-feira (30/8) a Defesa Civil do Distrito Federal decrete estado de emergência por conta da baixa umidade

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ampliou as áreas em alerta vermelho devido à seca que assola a região central do país. Como em algumas dessas áreas será o segundo dia consecutivo de umidade abaixo dos 12%, a expectativa é de que ainda nesta quarta-feira (30/8) a Defesa Civil do Distrito Federal decrete estado de emergência nessas áreas. Segundo o Inmet, a tendência é de que a situação piore nos próximos dias, podendo, inclusive, comprometer o desfile do 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios.

Segundo a meteorologista do Inmet Ingrid Peixoto, as áreas em alerta vermelho aumentaram mais desde terça-feira (29/8), quando abrangeu a região central de Goiás, em especial as cidades de Goiânia e Luziânia, e pontos do entorno e do Distrito Federal, como o Gama.  “Hoje nosso alerta vermelho se expandiu para toda a faixa oeste, centro e noroeste de Goiás; do leste do Mato Grosso; do sul e sudeste de Tocantins; e do oeste do DF, que abrange, entre outras localidades, o Plano Piloto, Vicente Pires, Guará, Taguatinga, Ceilândia, Mangueiral”, informou Ingrid à Agência Brasil. Segundo ela, nessas localidades a umidade ficará abaixo dos 12%, podendo chegar a 8%.

De acordo com o Inmet, hoje completam 100 dias sem chuva no DF. A última chuva registrada foi no dia 22 de maio. A tendência, segundo Ingrid Peixoto, é de que a situação piore nos próximos dias e que chegue ao auge por volta do dia 15 de setembro. “Portanto, se continuar desse jeito, as atividades previstas para o desfile do 7 de Setembro podem ser comprometidas". "Historicamente, a expectativa é de que nesta data [7 de Setembro] se tenha algo em torno de 15% de umidade. Este ano, no entanto, há maiores probabilidades de esse percentual ser mais baixo por conta de uma bolha de ar bem quente que está acima da cidade”, acrescentou.
 
Defesa Civil
Tendo por base o alerta vermelho feito pelo Inmet dois dias seguidos, cabe à Defesa Civil declarar estado de emergência para a localidade em que ele foi emitido. Esse alerta é dado quando a umidade fica abaixo de 12%, situação em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a interrupção total de qualquer atividade entre as 10h e 16h, em especial aulas de educação física, entregas de correspondência e coleta de lixo. “A OMS recomenda também a suspensão de atividades que exijam aglomeração de pessoas em recintos fechados, como salas de aula e até mesmo cinemas. Ambientes refrigerados não são recomendados porque o ar-condicionado retira a umidade desses recintos, prejudicando ainda mais as pessoas que ali estão”, acrescentou a meteorologista. Também está entre as recomendações previstas para o estado de emergência a umidificação de ambientes internos, em especial hospitais e quartos frequentados por crianças e idosos.
Alertas
Em situações mais amenas, o Inmet pode decretar alertas amarelo (estado de atenção) ou laranja (estado de alerta). No primeiro caso, quando a umidade relativa do ar está entre 30% e 21%, o recomendado é que as pessoas se protejam do sol; evitem exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h; bebam mais água; e umidifiquem os ambientes. Já o alerta laranja é decretado quando a umidade varia de 20% a 12%. Nesse caso, além do que é previsto pelo alerta amarelo, é recomendado que se evite aglomerações em ambientes fechados e que se umidifique olhos e nariz com soro fisiológico. O intervalo para que se evite exercícios físicos é ampliado para o período entre 10h e 16h.

A Defesa Civil do DF disse à Agência Brasil que, caso se confirmem as expectativas anunciadas pelo Inmet, deverá decretar ainda hoje estado de emergência. De acordo com o Inmet, em uma seca dessa magnitude há também maior ocorrência de queimadas, bem como a formação de névoa seca e de redemoinhos de poeira. Também são mais comuns problemas respiratórios na população. “Estamos com um clima bastante semelhante ao do deserto, com noites frias e tardes bastante quentes. A diferença é que, no deserto, isso ocorre o ano inteiro. Lá [nos desertos], a temperatura à tarde fica em torno dos 40 graus centígrados (ºC), enquanto as madrugadas podem registrar temperaturas até mesmo abaixo de zero. Podemos dizer que, aqui nessas regiões durante o período mais seco, a situação é comparável à que ocorre no deserto”, completou Ingrid.
 
Fonte: Correio Braziliense
 
 

Delação do patriota Funaro chega ao STF; lá vem Janot com a ladainha: “Quero Temer fora!”

O homem com quem procurador sela acordo era, nas suas próprias palavras, há um ano, “uma pessoa que tem o crime como modus vivendi (meio de vida), que já foi beneficiado com a colaboração premiada no mensalão e, no entanto, prosseguiu delinquindo”

Ai, ai, vamos lá.
Já está com o ministro Edson Fachin o acordo de delação premiada que Lúcio Funaro fechou com Rodrigo Janot, procurador-geral da República. Como vocês devem se lembrar, Janot abriu uma espécie de concorrência entre o dito “operador” e o ex-deputado Eduardo Cunha. Quem dissesse a coisa mais interessante — e o interesse único, está claro, era e é, nesse caso, atingir Michel Temer — levaria o prêmio, o galardão. Parece que Funaro venceu essa espécie de licitação, que pode ser tudo, menos moral.

É claro que eles poderiam nos surpreender. Mas não vão. Fachin deve homologar a delação e, assim, mais um bandido, condenado a mais de 15 anos de cadeia, vai ficar na mamata. O ministro precisa correr. E ele correrá. Homologada a delação, Janot deve, então, entregar a nova denúncia contra o presidente Michel Temer. E, bem, não se deve esperar muito pudor nessa história toda, né?

O Jornal Nacional de segunda-feira, diga-se, foi um bom exemplo do estado das artes. Em cinco minutos, entre 33min09s e 38min09, nome e cargo “Rodrigo Janot, procurador-geral da República” foram citados cinco vezes. Encadearam-se quatro notícias que tinham o homem como protagonista: denúncia contra Romero Jucá, denúncia contra Renan Calheiros, autorização do STF para investigar uma acusação contra José Serra e, finalmente, a presença “dele” no Globo, num seminário contra corrupção. A gente chega a notar um certo esforço técnico dos apresentadores para repetir o nome com entonações diversas.

Uma nota: antes disso tudo, noticiaram-se algumas coisas sobre o governo. Sabem quem falou com otimismo sobre a economia? Não foi o presidente Michel Temer, é claro! Foi ao ar a fala do ministro Henrique Meirelles (Fazenda). Temer só voltaria a ser lembrado na última notícia sobre o Grande Janot. Já vamos ver em quais circunstâncias. Não descarto aprender alguma coisa com procedimentos assim tão inovadores.

Muito bem. Depois de participar do seminário, o procurador-geral concedeu uma rápida entrevista. A repórter da Globo quis saber: “O senhor deve, sim, apresentar uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer?” Fiquei em dúvida se cabe aí um ponto de interrogação. E o Ameaçador-Geral da República respondeu: “O Ministério Público não fala o que vai fazer. O Ministério Público faz e depois, se houver dúvida, explica por que o fez. O que eu posso dizer é que não deixo de praticar ato de ofício em razão de estarem faltando 20 dias para terminar meu mandato”.

Observo, de saída, ao analisar a fala, que apresentar uma “denúncia” é uma das funções do procurador, é uma de suas prerrogativas. Sim, quando o fizer, ele o fará por meio de um “ato de ofício”. E se não apresentar? Estará, então, prevaricando? É claro que não! Há uma diferença gigantesca entre um procurador-geral poder apresentar uma denúncia, que se expressa por ato de ofício, e ter de apresentar uma denúncia. E é um pouco constrangedor ter de lembrar isso. Adiante.

Se vocês clicarem aqui, poderão ler a integra da decisão do então ministro Teori Zavascki, que mandou prender Lúcio Funaro, a pedido de… Rodrigo Janot. Como é praxe nesses casos, Zavascki repete os termos da petição do procurador. Sobre o mais novo herói com o qual fez acordo, escreveu Janot há pouco mais de um ano: – “Cuida-se de verdadeira traição ao voto de confiança dado a ele pela Justiça brasileira”;
– [Funaro] é “uma pessoa que tem o crime como modus vivendi (meio de vida), que já foi beneficiado com a colaboração premiada no mensalão e, no entanto, prosseguiu delinquindo”;
– [Funaro é dado a ]práticas reiteradas e habituais de crimes graves, sem qualquer freio inibitório, [que] colocam em risco, concretamente, a ordem pública”;
“Ademais, a ousadia de Funaro é conhecida no meio em que circula e ficaram ainda mais evidentes no episódio (…) em que ameaçou de morte um idoso de mais de oitenta anos (Milton Schahin) em razão de disputa econômica. Ora, se Funaro é capaz de ameaçar de morte um ancião em razão de disputas comerciais, não há dúvidas de que não se rogará a prejudicar a investigação sobre os fatos que o incriminam”.

O procurador-geral lembrou ainda que Funaro ameaçou botar fogo na casa de um desafeto “com as crianças dentro”.  Pois é… O “operador” fechou o acordo de delação há alguns dias. O que quer que tenha dito a Janot sobre Michel Temer ou qualquer outro não passou por nenhuma apuração. Mas sabem como é… O homem ainda tem 18 dias para brincar com suas flechas de bambu…

Se a sua delação não foi monotemática atingir apenas Temer —, outras figuras da República, muito especialmente do PMDB, devem estar no cardápio. Também elas serão alvos de denúncias? Ousaria dizer que não. Temer virou a obsessão de Janot.  Janot, que demonstrou não saber exatamente o que é um ato de ofício, quer que acreditemos que ele tem a obrigação funcional de denunciar o presidente da República, escorando-se num tipo como Lúcio Funaro.
Será que, quando eu descobrir o “verdadeiro jornalismo” isento, também aplaudirei um tipo como… Janot?

 Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo