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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Espírito Santo, mais um a pedir socorro federal

O estado entra para a lista dos que precisaram de ajuda do governo federal para conter um colapso na segurança pública. Mais de 90 pessoas foram assassinadas desde sábado 

Mesmo com a presença de 1.200 homens da Força Nacional e do Exército nas ruas, os ônibus não circularam na Grande Vitória nesta quarta-feira (8). O Espírito Santo vive uma onda de violência sem precedentes, em razão da greve dos policiais militares no estado. De acordo com Sindicato dos Policiais Civis, mais de 90 pessoas foram mortas nos últimos cinco dias. Alvo de saques, o comércio já contabilizou mais de R$ 90 milhões em prejuízos. Paulo Hartung (PMDB), governador licenciado do Espírito Santo, classificou a reivindicação dos policiais e familiares como “chantagem”.

O governo se nega a dialogar com os servidores enquanto o policiamento não for retomado. Afirma que está com um rombo no orçamento e não tem como arcar com o reajuste pedido pelos PMs, que custaria mais de R$ 500 milhões ao ano para o estado. Os servidores reivindicam melhores condições de trabalho, como aumento de salário e adicionais noturno e por periculosidade. Os servidores afirmam que estão há três anos sem reajuste da inflação. O último ocorreu em 2010.

Pela Constituição, policiais militares são proibidos de protestar, fazer greve ou paralisação. A pena pode chegar a dois anos de prisão. Na terça-feira (6), a Justiça considerou ilegal a paralisação e determinou o fim do movimento. Caso a ordem não seja cumprida, uma multa diária de R$ 100 mil será cobrada às associações de policiais militares.

O Espírito Santo é só mais um dos estados brasileiros que pediram socorro ao governo federal. Afetados pela crise financeira, outros precisaram de reforço para conter a crise na segurança pública neste ano. No último mês, homens da Força Nacional e das Forças Armadas foram deslocados para Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte para conter o caos penitenciário deflagrado por uma briga de facções criminosas. No ano passado, o Rio Grande do Sul também precisou de ajuda.

Fonte: Revista Época

 

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