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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Lula era o comandante máximo do esquema de corrupção’, diz MPF



Lava-Jato denuncia ex-presidente nesta quarta por corrupção e lavagem de dinheiro
O coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, disse nesta quarta-feira que o ex-presidente Lula era o “comandante máximo do esquema de corrupção identificado na Petrobras durante seu governo”. Na coletiva, o procurador repetiu que o esquema tinha como propósitos a manutenção da governabilidade, a perpetuação dos partidos no poder e o enriquecimento ilícito dos envolvidos.  - Hoje o MPF acusa o sr. Luiz Inácio Lula da Silva como o comandante máximo do esquema de corrupção identificado na Lava-Jato - disse Deltan, durante entrevista em Curitiba.



 Procurador mostra gráfico que ilustra papel do ex-presidente Lula na Lava-Jato - Reprodução

Durante a apresentação, Deltan Dallagnol relembrou as semelhanças entre o caso do mensalão e o esquema de pagamentos de propinas na Petrobras para apresentar o que chamou de “propinocracia”, um governo que, de acordo com o procurador, é regido no pagamento de vantagens envolvidos. Segundo Dallagnol, os investigadores não desejam recuperar o mensalão para definir a responsabilidade de Lula naquele caso, mas a título de mais uma prova. Para Dallagnol, após a divulgação do esquema do mensalão, Lula não poderia mais alegar desconhecer outro esquema que funcionava de forma semelhante.  Dessa vez, Lula não pode mais dizer que não sabia de nada — disse.

Segundo ele, a conclusão não leva em conta a história do ex-presidente ou da qualidade de seu governo: - O MPF não está julgando aqui quem Lula foi ou é como pessoa. Não estamos julgando quanto o seu governo foi ou não foi bom, o quanto ele fez ou não fez pelo povo brasileiro. O que o Ministério Público faz aqui é imputar a ele a responsabilidade por crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro, em um contexto específico, afirmando qual é a medida de sua responsabilidade com base em evidências - afirmou Deltan.

O procurador disse que a mesma ressalva se aplica ao PT: - Não se julga aqui a adequação de sua visão de mundo, sua ideologia, mas avalia sim se a agremiação se envolveu, por meio de seus diversos prepostos, em crimes específicos.

Para a Lava-Jato, embora não se possa dizer que todos os apadrinhados que assumiram cargos públicos arrecadaram propinas, é possível "afirmar que existia um sistema com este objetivo, o qual abarcava seguramente diversos cargos públicos", segundo Deltan Dellagnol.  - Só o poder de decisão de Lula fazia o esquema de governabilidade corrompida viável. (O ex-presidente) nomeou diretores para que arrecadassem propina. Sem o poder de decisão de Lula, esse esquema seria impossível. 

Lula, a mulher dele, dona Marisa Letícia, e mais seis pessoas foram denunciadas nesta quarta-feira por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do edifício Solaris, no Guarujá. Também foram denunciados o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, e os ex-diretores da OAS Paulo Gordilho (responsável pela compra de móveis planejados para a cozinha do apartamento), Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira.

Fonte: O Globo -   por Thiago Herdy e Dimitrius Dantas (*) - Sob coordenação de Flávio Freire

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