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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Guido Mantega é preso na 34ª fase da Lava-Jato

Ex-ministro de Lula e Dilma, Guido Mantega é preso na 34ª fase da Lava-Jato que mira empresa de Eike

 Prisão se deu a partir do depoimento de empresário; ex-titular da Fazenda estava acompanhando mulher em hospital

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi preso temporariamente nesta manhã de quinta-feira na 34ª fase da Lava-Jato. Policiais federais estão nas ruas desde a madrugada para cumprir 48 mandados entre prisões temporárias, conduções coercitivas e busca e apreensão. Agentes foram até sua casa em São Paulo, mas ele estava no hospital acompanhando uma cirurgia da mulher. Além de São Paulo, as ações ocorrem no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e no Distrito Federal. 
 Mantega foi ministro da Fazenda nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Além dele, o empresário Eike Batista é um dos alvos centrais da operação deflagrada na manhã desta quinta-feira. A Polícia fez buscas em endereços da empresas Kriadon, Conceito, JCIS e RT. Elas estariam em nome de Júlio César Oliveira Silva, suposto operador de pagamentos de propina em nome de Eike e da Mendes Júnior. Segundo investigadores, as empresas simulavam prestação de serviços para fazerem pagamentos ilegais no esquema de corrupção da Petrobras.

Batizada de Arquivo X, em referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a repetição do “X” nos nomes das pessoas jurídicas, como a empresa OSX, de propriedade de Eike, a ação cumpre 32 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão temporária e 8 mandados de condução coercitiva.

A prisão de Mantega se deu a partir de um depoimento prestado por Eike ao Ministério Público Federal (MPF), no qual diz ter recebido pedido do então ministro e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões, no interesse do Partido dos Trabalhadores (PT).  
Em seu depoimento à força-tarefa, o empresário disse ter feito um depósito de US$ 2,3 milhões no exterior para as contas de João Santana e Monica Moura. Ele assumiu o pagamento depois que O GLOBO revelou que Moura relatou o mesmo à força-tarefa, durante tentativa de delação premiada. Para operacionalizar o repasse da quantia, o executivo da OSX foi procurado e firmou contrato ideologicamente falso com empresa ligada a publicitários já denunciados na Lava-Jato por "disponibilizarem seus serviços para a lavagem de dinheiro oriundo de crimes. Após uma primeira tentativa frustrada de repasse em dezembro de 2012, em 19/04/2013 foi realizada transferência de US$ 2.350.000,00, no exterior, entre contas de Eike Batista e dos publicitários".

O advogado de Mantega, José Roberto Batochio, confirmou ao GLOBO que policiais foram à casa do ex-ministro hoje cedo, em São Paulo. Mantega, no entanto, estava no Hospital Albert Einstein acompanhando uma cirurgia da mulher. O advogado disse que não tem mais detalhes da operação.
Mantega já havia sido levado para depor, em maio, em outra operação, a Zelotes.

CONTRATOS DE PLATAFORMAS
Segundo a PF, na Arquivo X são investigados fatos relacionados à contratação pela Petrobras de empresas para a construção de 2 plataformas (P-67 e P70) para a exploração de petróleo na camada do pré-sal, as chamadas FSPO´s (Floating Storage Offloanding).
“Utilizando-se de expedientes já revelados no bojo da Operação Lava-Jato, fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos responsáveis pelas indicações de cargos importantes da estatal, empresas se associaram na forma de consórcio para obter os contratos de construção das duas plataformas muito embora não possuíssem experiência, estrutura ou preparo para tanto”, disse nota da PF.

Durante as investigações verificou-se ainda que, no ano de 2012, “um ex-ministro da Fazenda” (Mantega) teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha de partido político da situação. Estes valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas políticas do mesmo partido.


São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Nos casos dos investigados para os quais foram expedidos mandados de condução coercitiva, estes estão sendo levados às sedes da Polícia Federal nas respectivas cidades onde foram localizados a fim de prestarem os esclarecimentos necessários. Os investigados serão liberados após serem ouvidos no interesse da apuração em curso.  Quanto aos investigados com prisão cautelar decretada, tão logo sejam localizados eles serão trazidos à sede da Polícia Federal em Curitiba onde permanecerão à disposição das autoridades responsáveis pela investigação.
 
Fonte: O Globo

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