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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Eduardo Cunha: um fantasma para o governo Temer



O  cassado Eduardo Cunha considera-se traído. Usará sua memória como
uma ameaça sobre o Palácio do Planalto
No domingo à noite (11), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do Democratas do Rio de Janeiro, pediu uma pizza para jantar com parlamentares e ministros na espaçosa residência oficial, às margens do Lago Paranoá. Era a véspera da sessão mais importante de seu mandato e, talvez, do governo de Michel Temer, na qual se votaria o destino do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro. Acusado de mentir à CPI da Petrobras sobre contas no exterior,

Cunha, o outrora homem mais poderoso da Câmara, poderia terminar cassado, destituído do mandato e entregue à classe comum no Judiciário. Enquanto a pizza transcorria, Cunha estava reunido com os poucos aliados que ainda lhe restavam em outro canto da cidade, no escritório de seu advogado, Renato Ramos. Por volta da meia-noite, os deputados Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba, e Arthur Lira, do PP de Alagoas, saíram do bunker de Cunha e foram à casa de Maia. Lá encontraram o ministro da Secretaria-Geral de Governo, Geddel Vieira Lima, e o secretário Moreira Franco, dois dos principais assessores de Temer.

 “Como será amanhã? Vai ser 400 ou 420?”, a dupla perguntou a Maia, em referência ao número de deputados presentes que seria exigido por ele para realizar a sessão capital para Cunha. “Vai ser 420”, disse Rodrigo. Mas a frase seguinte foi a que desencadeou as reações que tomariam toda a semana e cujas consequências podem repercutir ainda por meses a fio. “Mas, se não for na segunda, na terça será até com 300. A gente vai resolver esse assunto nesta semana.” Em miúdos, se não houvesse 400 ou 420 deputados na Câmara na segunda-feira (12), Rodrigo faria a votação no dia seguinte, com menos deputados, ou seja, submeteria Cunha a julgamento a qualquer preço. 


A decisão fora tomada horas antes. Nos dias anteriores, o Palácio do Planalto percebera o aumento da pressão pela cassação de Cunha pelas enquetes publicadas nos jornais. A opinião pública caminhava no sentido oposto do governo – que, até ali, dera um apoio discretíssimo a Cunha. No domingo à tarde, convocado pelo presidente, Rodrigo Maia estivera no Palácio do Jaburu. Temer pedira a ele que resolvesse a questão naquela semana. Quando disse a frase a Aguinaldo e Arthur, Maia repetia uma ordem do presidente da República.


Aguinaldo e Arthur saíram da casa e foram ao escritório relatar tudo a Cunha. Era óbvio a todos que Rodrigo agia com o aval do Planalto. Eduardo Cunha ficou furioso. Ato contínuo, Cunha começou a mandar mensagens aos que estavam no jantar na casa de Rodrigo Maia e a ministros do Palácio. Nos textos dizia que os comensais dividiam o jantar comemorativo de sua cassação, que destruiria Moreira Franco – que acredita ser o mentor de Maia, seu genro – e que tinha sido traído. O veneno para o caos havia sido liberado. A traição mencionada por Cunha vem de um acordo celebrado na eleição de Rodrigo, em julho. Na ocasião, Cunha e Temer acordaram que Maia marcaria a votação do pedido de cassação para setembro, em meio à campanha eleitoral, com exigência de um quórum alto, de 400 a 420 deputados, algo difícil de atingir até em tempos normais, quiçá em meio à campanha eleitoral.

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