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sexta-feira, 27 de março de 2015

Pior resultado da economia brasileira desde 2009 - Banco Central admite que PIBs de 2014 e de 2015 ficarão negativos

Economia brasileira cresce 0,1% em 2014, pior resultado desde 2009

Mais uma vez, o PIB foi salvo pelo consumo das famílias, que avançou 0,9% no acumulado do ano

O Produto Interno Bruto (PIB) registrou alta de 0,1% em 2014, o pior resultado desde 2009, quando o país foi solapado pela crise mundial. As riquezas do país totalizaram R$ 5,32 trilhões. No quatro trimestre, a economia brasileira subiu 0,3% ante os três meses imediatamente anteriores. Mais uma vez, o PIB foi salvo pelo consumo das famílias, que avançou 0,9% no acumulado do ano. A indústria, com queda de 1,2%, e os investimentos produtivos, com contração de 4,4%, jogaram a atividade para baixo em 2014.

No quatro trimestre, também o consumo das famílias fez a diferença, com aumento de 1,1%. Na ponta contrária, apareceram a indústria, com recuo de 0,1%, e os investimentos produtivos, que encolheram 0,4%. O setor de serviços mostrou fragilidade, com minguada alta de 0,3, devido ao fraco desempenho do comércio. Isso comprova que o modelo adotado pelo governo, baseado no consumo, se esgotou.

Banco Central admite que PIBs de 2014 e de 2015 ficarão negativos

 Mesmo com retração da atividade, os juros vão subir na próxima reunião do Copom, no fim de abril e a inflação atingirá quase 8% até dezembro deste ano

Este ano já era: o Brasil está entregue à estagflação. O máximo que o Banco Central (BC) espera salvar é 2016, como mostra o Relatório de Inflação divulgado ontem. Para 2015, a expectativa é de queda de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), o que seria o pior resultado desde 1992. Os analistas ouvidos pelo próprio BC no Boletim Focus contam com um recuo ainda maior, de 0,83%, o desempenho mais pífio em 25 anos. Para o ano passado, a redução do PIB esperada pela autoridade monetária é de 0,1%, de acordo com a nova previsão. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga hoje esse número. “Sabemos que a situação de 2015 é de transição. O ajuste que está sendo feito é padrão, importante, relevante e necessário. O objetivo é fortalecer os fundamentos da economia e nos prepararmos para um novo ciclo de crescimento sustentável”, disse ontem o diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu, em consonância com o discurso do presidente da instituição, Alexandre Tombini, no dia anterior.

O documento traz uma inequívoca piora de expectativas para crescimento, inflação e emprego. Com a previsão de que haverá queda no PIB de 2014 — no relatório publicado no trimestre anterior, a projeção era de leve alta de 0,2% —, aliada à previsão negativa para 2015, o Brasil terá um biênio de recessão econômica. A expectativa é de que a indústria desabe mais, com retração de 2,3%, e os investimentos recuem expressivos 6%. “O BC continuará a se surpreender negativamente com a evolução da atividade econômica nos próximos meses”, disse o economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn. 

Fonte: Correio Braziliense

 

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