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quarta-feira, 25 de março de 2015

PARTIDÁRIOS DO IMPEACHMENT OU GOVERNISTAS TRAVESTIDOS?



Difícil é as pessoas perceberem que às vezes a luta contra um determinado mal  pode  não dar bom resultado  ou trazer  um mal pior . Esse fenômeno  ocorre com certa frequência  na vida de todas as pessoas, bem ou mal dotadas de inteligência .    Nem pode ser condenado. É da própria natureza humana.   Uma das situações  onde  acontece  muito é quando  se diz que a pessoa   “entrou numa fria”.  

Essas “frias” não têm maiores consequências na sociedade quando acontecem no âmbito pessoal  de cada um . O “azar” é para quem aconteceu.  Mas  à medida  que vai crescendo o grupo humano alvo dessas consequências negativas, a  “coisa” vai se agravando. Torna-se um mal  coletivo , uma tragédia social, quando suas consequências  atingem a sociedade inteira.

No plano   coletivo, os brasileiros ,em sua maioria, tomaram consciência que o período de governo encabeçado pelo PT resultou num desastre, não havendo mais riquezas e esforços na produção econômica capazes de  sustentar a vagabundagem alimentada pela política assistencialista e improdutiva do governo, somado à corrupção desenfreada que assalta  os cofres públicos.

Significa dizer que o país faliu, moral, política, social e  economicamente ,  esta  última em vista  das contas públicas e da exorbitância da carga tributária, que coloca o Brasil em primeiro lugar no “ranking” mundial de  impostos, o que tem força para tornar    a sociedade civil semiescrava do Estado.   Mas o governo mostra um quadro diferente. Tenta  enganar. Esse quadro resulta do maior estelionato  político-eleitoral que se tem notícia. Manipulam-se dados e índices sobre empregos e salários. O Governo anuncia que no  “seu” período   foram criados vinte milhões de novos empregos. Mas omitiu dessa informação  que nesse período a população aumentou em maior número, portanto, o emprego diminuiu. Cresceu em números absolutos, mas  diminuiu em números relativos.

Manipula, também, o que chama de  “ascensão  social” de classes, pois tem o controle  e certamente “orienta” os órgãos públicos encarregados de forjar  essa  situação, alterando critérios conforme sua vontade, de modo a  que esses dados enquadrem-se no  seu “discurso” e na sua demagogia  eleitoreira.

Geralmente os dados das organizações internacionais não “batem” com os  internos em  que  o governo se agarra e divulga. Neste sentido, o Brasil sempre está nos últimos lugares em todos os “rankings” mundiais   que se relacionam à qualidade de vida do povo.

Feita a “introdução”, chegamos ao  nosso tema.
Os princípios acima enunciados serão transferidos para os  dilemas em  que o Brasil vive hoje ,na política, resumidos em três alternativas:
(1) Conceder ao Governo e aos políticos em geral a oportunidade de corrigir todos os seus erros;
(2)  Afastar a Presidenta Dilma Rousseff, mediante    IMPEDIMENTO  (impeachment),por crime de responsabilidade ,de competência da Câmara e Senado,  e;
(3) Promover  a INTERVENÇÃO MILITAR ,prevista no artigo 142 da Constituição, de competência das FORÇAS ARMADAS.

Ora, cada uma dessas três alternativas não podem ser olhadas só em si mesmas, porém projetadas nas suas CONSEQUÊNCIAS. Aí  está presente com todas as letras o risco da sociedade  “entrar numa fria”, na alternativa que será escolhida. É o que acontecerá, provavelmente.

Tudo indica que a alternativa “deixar assim mesmo” não terá sucesso, apesar dos esforços da máquina governamental e políticos em  contrário.
Mas a maior campanha contrária é enfrentada pela alternativa “intervenção militar”. Aproveitaram a má fama deixada pelo espírito de 64, alimentada, muitas vezes injustamente, pelos sucessores do Regime Militar, notadamente pelo PT, que nada de melhor apresentou  à sociedade  que na época deles (1964 a 1985), e que em muitos pontos até piorou   (progresso, segurança, etc.).    

Só para fazer justiça a alguns  feitos dos governos militares, eles ficaram no poder tanto tempo quanto  os governos FHC e PT, somados.  Mas TODAS  as  maiores usinas hidrelétricas  hoje em operação no Brasil ( é a principal fonte de energia local), ainda são “herança” dos militares. Se compararmos a morte criminosa de pessoas entre as duas épocas, de fato o Regime Militar perde. O PT, com seus “direitos humanos”, ganha de goleada.  Nunca se matou tanto. A segurança “moderna“ ficou caótica.

É forte a campanha contra a alternativa da INTERVENÇÃO MILITAR. Mas sua matriz não é produto da ignorância, da ingenuidade do povo. Ela vem de “cima”. De cabeças com muitas condições de enganar. E o povo “embarca”.  Existem muitas canetas “jurídicas” subscrevendo a “inconstitucionalidade”  dessa alternativa. Nem posso supor que seja ignorância. Só pode ser má-fé a serviço do Sistema.

A questão jurídica a ser analisada é bem simples. O “badalado” artigo 142 da  Constituição preceitua que as Forças Armadas “destinam-se à defesa da Pátria ,à garantia do Poderes Constitucionais...”. Prossegue, afirmando , na mesma  frase, que  “...e por iniciativa de quaisquer destes (NOSSA OBSERVAÇÃO: DOS PODERES  CONSTITUCIONAIS- Executivo, Legislativo ou Judiciário ),da  lei e da ordem.

Significa dizer que qualquer iniciativa  das Forças Armadas para estabelecer-se o estado de INTERVENÇÃO MILITAR, precisa ter a iniciativa de um dos TRÊS  PODERES, porém, tão somente nas hipóteses de MANTER A LEI E A ORDEM. A Constituição é taxativa. As FFAA não precisam da provocação de qualquer um dos TRES PODERES para DEFESA DA PÁTRIA e GARANTIA DOS PODERES CONSTITUCIONAIS.  As FFAA têm soberania para avaliação e decisão  dessas circunstâncias. Nenhum outro Poder pode interferir.

Alguém lá de “cima” deve ter percebido que aí estaria um furo perigoso. Foi no Governo de FHC , em 1999. Resolveram então fazer uma LEI COMPLEMENTAR para evitar algum risco de “rebelião legal”. Fizeram a Lei Complementar Nº 97,com base na previsão do parágrafo único do citado artigo 142 da CF.  Mas “pisaram na bola”. Foram muito além. Alteraram a Constituição ao dispor que somente mediante “convocação” do Presidente da República as FFAA poderiam intervir. Pior: nas 4 hipóteses previstas na Constituição. 

Deram ao presidente da república poderes de “tirano”, contrariando a Constituição. E sabe-se que a lei, mesmo a tal “complementar”, não pode ir além da constituição.
Portanto, esses “palpites” (nem podem ser considerados pareceres jurídicos) são absolutamente furados.

Enquanto   isso, está  vencendo o” páreo”, por larga margem de vantagem, a alternativa do IMPEACHMENT. Ela é a mais cômoda para o Sistema. Pouca diferença teria da primeira alternativa, ou seja, deixar as coisas assim mesmo  como estão. Uns mais ousados  chegam a dizer que seria trocar as moscas, deixando a mesma merda. Com  razão , é  evidente.

Com o impeachment ficariam intocados os Poderes Legislativo e Judiciário. Só seria atingida a Presidenta da  República, e seus cargos de confiança. Isso bastaria? É claro que não. Os méritos e vícios de um governo não se restringem à pessoa do chefe do poder executivo. Eles se amplificam em todo  o governo e podem consorciar-se com os outros  Dois Poderes (Legislativo e Judiciário),uma vez que os  propalados  “equilíbrio, independência e harmonia “dos Três Poderes, foram feitos  para turista inglês ver.

Então é quase certo que teremos mais uma reforma  FAZ-DE-CONTA, como já  se fez anteriormente com as “Diretas Já” e “Fora Collor”. Ela virá com muita pompa, discursos e esperanças, com apoio da classe política e da grande mídia. Mas a história se repetirá. 

Será um novo engodo capaz de enrolar o povo “babaca”  por mais cinco ou dez anos.

Resumidamente o que pode se afirmar é que tanto o impeachment, quanto a intervenção militar ,estão previstos e autorizados na Constituição, o primeiro dependendo do Congresso ,e o segundo do Poder Militar, o único que poderia fazer um  “impeachment” nos Três Poderes, como  impõe , inclusive , o bom senso. [não pode ser olvidado a conhecida máxima: "A Revolução vitoriosa se legitima por si mesmo."]


 




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