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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Fica, Dilma!



Cristina Kirchner e Dilma têm algo em comum, além de presidentes depreciadas: a ameaça de impeachment (é o cacete, diria o Ancelmo!!) do mandato. Mas também uma diferença. A Kirchner já está no final de seu mandato, e Dilma mal (o advérbio diz tudo!) começou o seu último período - felizmente. Assim, há pouco tempo e muito trabalho político para impedir a Kirchner, o que não falta com respeito à Dilma.

O renomado e patriota jurista Ives Gandra Martins já elencou as leis que poderiam embasar o processo de impedimento, por culpa caracterizada pela omissão, negligência, imperícia e imprudência. Além disso, comenta-se que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) vai pedir oficialmente ao Congresso Nacional, o impedimento da presidente Dilma Rousseff.

Entretanto, sou de opinião que não devemos perseverar na impugnação de Dilma, pelos seguintes motivos: se ela sair - dependendo de quando -, haverá nova eleição, que pode ter Lula como candidato, e sair vitorioso, pelo seu carisma com os - infelizmente - ainda pobres e necessitados, a maioria neste país, haja vista a estrondosa votação petista no Norte, e, especialmente, no Nordeste. Lula e os petistas amam tanto os pobres que não querem que eles acabem...

Se quem ganhar for o Aécio, ele vai passar o governo recuperando a parte fiscal, segurando  investimentos, distribuindo sacrifícios e negando benesses. Se tiver êxito em reaprumar o País, pode ter de disputar a reeleição com o Lula, que voltaria triunfante, pegando o país rearrumado, mais uma herança benigna para o PT. Parece, pois,  a  dicotomia da desgraça, ou do inevitável, a de  "se correr, o bicho pega, se ficar, o bicho come".

Sabemos bem que é muito duro aguentar essa leviana*, essa gerente de araque, essa divorciada da realidade por mais quatro anos. Mas ela e seu partido têm que sofrer: a vergonha diuturna dessa herança maldita – por eles mesmos deixada -; as pancadas constantes da imprensa profissional e independente; o péssimo resultado de seus desatinos; a intolerável existência de 40 ministérios e secretarias; as  irresponsabilidades com a coisa pública; o uso de recursos do povo para financiar projetos em outros países, geralmente de ditadores “amigos”; os destemperos e caprichos irrefletidos; o apequenamento da política externa; o papel subalterno do Brasil na esfera internacional; as corrupções; as incompetências; os antirrepublicanismos; e se esvair, sangrando nesses anos vincendos, colecionando derrotas no Congresso, prisões na Justiça, vaias nas aparições públicas, quedas nos já sofríveis índices de aceitação, e desprezo dos homens de bem deste tão grande quanto amado País.

Sabemos bem que todos, a sociedade e o Brasil, sentiremos o tranco dos anos que faltam, mas sobreviveremos. Como disse o Tiririca, "pior do que está, não fica!"

Fica Dilma! Coma o pão que tu mesma e o teu partido amassastes!

[Dilma caindo as chances de o Lula ser eleito, ou mesmo candidato são mínimas. O estrupício está todo enrolado e com grandes chances de ser processado ou mesmo preso – o que elimina sua candidatura.
Dilma caindo, Lula ligado a um partido cada dia mais fraco, que caminha para a extinção, a candidatura dela não prospera.
E, uma guerra pode ser ganha com várias batalhas, no caso começando pela expulsão da Dilma, seguindo do Lula, até a consolidação da vitória com a destruição da esquerda maldita.]

*Leviano significa imprudente, sem seriedade. É um adjetivo que qualifica o indivíduo que age precipitadamente, e que não tem consideração com o outro. Leviano é aquele que expressa opinião sem ter certeza do que está informando, e também não domina o assunto. Ser leviano é proceder sem bases verdadeiras, é ser hipócrita, maldoso e irresponsável, é aquele que tem comportamento volúvel, que age com insensatez. O indivíduo leviano é uma pessoa fútil, medíocre, não tem noção do que é prudência, sabedoria e ponderação, transmitindo a imagem de pessoa irresponsável.

Por: Luiz Sérgio Silveira Costa, Almirante, reformado.


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