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sábado, 11 de abril de 2015

Houve uma ação policial, suspeito se evadiu e policial, precipitadamente, efetuou disparos. Policial errou, mas onde está a motivação de que foi por racismo?

Ação policial nos EUA reacende debate sobre racismo

Morte de Walter Scott com oito tiros por agente branco capturada em vídeo choca opinião pública. Falta de estatísticas dificulta elaboração de política de segurança

Walter Lamer Scott foi morto a tiros ao tentar escapar de um policial que o havia parado para averiguação, sob suspeita de que a luz do freio de seu carro não estaria funcionando. O caso, ocorrido esta semana em North Charleston, na Carolina do Norte, seria apenas mais uma notícia de violência não fossem alguns detalhes: Scott, um negro desarmado, foi baleado oito vezes pelo policial branco Michael Slager, e parte da ação foi capturada pela câmera do celular de uma testemunha. 

É o episódio mais recente de uma série que vem chocando a sociedade americana, e o mundo, pelo nível de brutalidade, gerando inclusive reações violentas. De Rodney King a Michael Brown, os casos parecem apontar uma tendência: não são poucos os eventos de violência racial praticada pela polícia americana. Segundo um estudo divulgado pelo “USA Today”, baseado nos boletins de ocorrência encaminhados pelas delegacias locais ao FBI, no período de sete anos até 2012 houve em média de quase dois casos de negros mortos por policiais brancos semanalmente. Os dados mostram ainda que 18% dos negros mortos durante estes sete anos tinham menos de 21 anos, comparados a 8,7% dos brancos. [onde estão as provas de que Scott foi morto por racismo? ele era negro e o policial Slager branco.
Policiais brancos matam brancos e também são mortos por bandidos brancos. 
Policiais negros matam negros e também são mortos por bandidos negros.
Policiais negros matam brancos e também são mortos por bandidos brancos.
É a mesma situação que ocorre no Brasil em relação a mortes por suposta homofobia. O morto é gay e logo a turma defensora dos gays diz que o assassinato foi por homofobia.]
 
O estudo, porém, é considerado incompleto, pois nem todos os departamentos de polícia participam da estatística, o que sugere que o número de mortes pode ser maior. Segundo o jornal americano, apenas 750 delegacias locais contribuem para o banco de dados do FBI num universo de 17 mil departamentos de polícia. Além disso, os casos de fatalidades considerados “justificáveis”, em decorrência de resistência, nas estatísticas do FBI diferem de pesquisas independentes. O criminologista Geoff Alpert, da Universidade da Carolina do Sul, especialista no estudo de uso de força letal pela polícia, afirma que não existem estatísticas nacionais sobre o assunto e que os dados do FBI subestimam a realidade. 

E isto é um problema grave, pois essas informações deveriam subsidiar o planejamento administrativo e as diretrizes e normas de atuação policial pelos responsáveis pela gestão da segurança pública. Seja como for, a percepção geral é que há uma incidência maior de americanos negros entre as vítimas fatais da ação policial. Parte da explicação está na forma como se deu a escravidão no país e o modo como se organiza a sociedade americana, marcada pela segregação racial e étnica, diferente do Brasil. Os bairros negros, latinos e orientais são vistos, em geral, como problemáticos e regiões desviantes. 

Contra tal realidade surgiram os movimentos emancipatórios e de luta pelos direitos civis, que tanto avanço social promoveram ao longo do século XX. A relação entre a polícia e a população civil, porém, nem sempre orbita dentro das premissas de proteger e servir. A segurança pública tem sido um desafio para sucessivos governos, inclusive no Brasil, mas é preciso orientar a ação policial dentro de parâmetros civilizatórios, que escape ao velho roteiro de brutalidade, sustentado por preconceito e racismo.

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